Atualmente existem cerca de 672 milhões de adultos obesos no mundo, sendo que crianças e adolescentes em idade escolar obesos chegam a 338 milhões. 820 milhões de pessoas sofreram de fome em 2018 e neste mesmo ano o nível de pessoas obesas chegou a 830 milhões. Ou seja, a quantidade de obesos ultrapassou o de famintos.
No Brasil, em torno de 20% das pessoas acima de 18 anos estão obesas, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. E a pandemia do novo corona vírus complicou ainda mais a situação da obesidade. O confinamento da população, a redução na prática de atividade física e o aumento de ingestão alimentar alavancou mais a situação
Nas consultas do dia a dia no meu consultório, infelizmente também observamos o aumento do peso na balança. São mães, pais e filhos que juntos ou separados vão buscar auxílio para eliminar os quilos adquiridos durante a pandemia do covid.
O aumento da ansiedade e do medo da doença nova, fez com que velhos hábitos ruins se destacassem e crescessem: fast food, ifood, sedentarismo, aumento no consumo de bebidas alcoólicas, alteração na rotina com poucas horas de sono além da inversão do dia pela noite, associado ao uso excessivo de jogos eletrônicos, uma bomba relógio de maus hábitos que ao explodir resultaram na pandemia de obesidade.
Diante deste trágico cenário, primeiro precisamos auxiliar nosso paciente a buscar uma nova rotina, hábitos saudáveis, pontuar através de exames clínicos e laboratoriais o prejuízo no seu organismo e orienta-lo a ter iniciativas saudáveis e positivas.