O médico Dr. Dorival Ricci fala no Guia Cast sobre a síndrome pós-COVID, seus sintomas persistentes e a importância de uma abordagem médica cuidadosa e multidisciplinar para a recuperação.
O Guia Cast recebeu o médico Dr. Dorival Ricci para uma conversa essencial sobre um tema que ainda afeta milhares de brasileiros: a Síndrome Pós-COVID, também conhecida como COVID Longa. Com sua experiência em medicina clínica e cirúrgica, Dr. Dorival abordou com clareza os sintomas persistentes, abordagens diagnósticas e tratamentos possíveis para pacientes que continuam sentindo os efeitos da infecção mesmo meses após a recuperação da fase aguda.
Segundo o Dr. Dorival, a COVID Longa é uma condição reconhecida pela medicina e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), caracterizada pela presença de sintomas que se mantêm por mais de quatro semanas após a infecção pelo coronavírus, mesmo em pessoas que tiveram formas leves da doença.
Entre os sintomas mais comuns, estão:
Fadiga persistente
Alterações cognitivas (“névoa mental”)
Dores musculares e articulares
Tosse seca, desconforto torácico ou falta de ar
Perda ou alteração do olfato e paladar
Distúrbios do sono e da memória
Sintomas gastrointestinais ou cardiovasculares
“O mais importante é validar a queixa do paciente. Muitas vezes, ele já ouviu que ‘é coisa da cabeça’ ou ‘vai passar sozinho’, quando na verdade está lidando com algo real, que exige atenção médica”, afirmou Dr. Dorival.
Dr. Dorival destacou que o diagnóstico da COVID Longa é clínico, baseado no histórico da infecção e nos sintomas persistentes. Não há um único exame que confirme a condição, por isso é essencial uma avaliação cuidadosa e por exclusão de outras causas.
“O diálogo com o paciente e a escuta qualificada são fundamentais. Cada caso é único e precisa ser analisado de forma individualizada”, explicou.
Sim. O Dr. Dorival explicou que, embora ainda não exista um tratamento específico que “cure” a COVID Longa, é possível sim aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida com uma abordagem personalizada.
Entre os recursos utilizados estão:
1º eliminar ou neutralizar as fontes de proteina spike
2º suprimir o monocito ativado imunometabolicamente pela proteina spike, causador da endotelite, e desinflamar o endotelio
3º pilar: degradar e eliminar a proteina spike persistente
4º pilar é otimizar os macro e microelementos, equilibrar o funcionamento do organismo e tratar os problemas de saúde consequentes e desencadeadas pela spike como hipotireoidismo, doenças autoimunes, neuroinflamações, hipogonadismo, patogias cardíacas e pulmonares, etc.
“Tratar a COVID Longa exige um olhar multidisciplinar. O foco é devolver funcionalidade e bem-estar ao paciente”, destacou.
Durante o podcast, Dr. Dorival também esclareceu que:
Não é preciso ter tido COVID grave para desenvolver sintomas prolongados
A síndrome pós-COVID não é frescura, nem exagero
Há, sim, alternativas de acompanhamento que ajudam na recuperação
Dr. Dorival Ricci é médico clínico e cirurgião geral, com atuação na linha de frente da pandemia e ampla experiência no acompanhamento de pacientes com síndrome pós-COVID. Tem como principal diferencial o olhar humano e atento às queixas reais de quem ainda vive os reflexos da infecção.
Você ou alguém próximo ainda sente sintomas após a COVID-19, como cansaço, dores ou confusão mental?
Este episódio do Guia Cast pode te ajudar a entender o que está acontecendo — e, principalmente, como buscar ajuda.