A Doença de Gaucher (DG) é autossômica recessiva decorrente da deficiência da enzima beta-glucosidase ácida causada por mutações no gene 1q21, promovendo o acúmulo de glucosilceramida na células do sistema reticuloendotelial. As principais manifestações clínicas
da DG são anemia, trombocitopenia, hepatoesplenomegalia, alterações ósseas e manifestações neurológicas, que são relacionadas aos macrófagos carregados de gorduras não metabolizadas. As principais apresentações clínicas são doença não-neuronopática (DG1), neuronopática aguda (DG2) e neuronopática subaguda (DG3). Outros órgãos, como pulmões, rins e olhos, podem ser acometidos. Importantes alterações oculares e distúrbios oculomotores podem ocorrer na DG. O tratamento da DG é clínico e deve ser realizado por toda vida. Embora o sucesso do tratamento das manifestações oculares ainda seja questionável, a avaliação oftalmológica é de grande importância no seguimento dos pacientes com DG.
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Resumo do artigo publicado na revista eOftalmo
Autores:
Alexis Galeno Matos,
Rigoberto Gadelha Chaves,
Marília de Freitas Chaves,
Renata Girão Cavalcante.
Dr. Rigoberto Gadelha Chaves, graduado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará - UFC (1984), cursou mestrado (2011) e doutorado (2015) em Ciências da Saúde na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Cursou Residência Médica em Cirurgia Geral (1986), sendo também especialista em Ginecologia e Obstetrícia (2001) e em Medicina de Família e Comunidade. Possui Certificado de Atuação em Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia, É especialista em Gestão de Cooperativas de Crédito. Professor de Habilidades em Cirurgia e do Laboratório Morfofuncional na Faculdade de Medicina da Universidade de Fortaleza, Médico Plantonista do Hospital Distrital Edmilson Barroso de Oliveira. Seu mestrado e doutorado sobre a Doença de Gaucher o tornaram uma referência para o estudo e tratamento da enfermidade no Estado do Ceará.