“Toda doença começa no intestino”.

“Toda doença começa no intestino”.
“Toda doença começa no intestino”.

A frase dita por Hipócrates, pai da Medicina, nunca fez tanto sentido como atualmente.

Alteração genética confirma a conexão Cérebro e Intestino no transtorno do espectro Autista

O autismo engloba uma gama de problemas caracterizados por dificuldades em interações sociais, comunicação e comportamentos repetitivos. O autismo é uma desordem de espectro, o que quer dizer que seus sintomas podem ser classificados por sua posição em uma escala.

Palestras sobre autismo apontam que não há apenas um tipo de autismo, mas vários subtipos influenciados por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Cada indivíduo tem um conjunto distinto de pontos fortes e desafios que afetam seu aprendizado, processo de pensamento e resolução de problemas.Em alguns casos, pessoas com desordem de espectro autista (ASD, na sigla original) precisam de apoio significativo. Em outras, elas podem viver de forma independente e altamente funcional. Muitos fatores podem influenciar no desenvolvimento da condição. É amplamente conhecido que crianças autistas costumam sofrer com problemas gastrointestinais e que, quanto mais severos os problemas gastrointestinais, mais severos os casos de autismo. Pesquisas recentes apontaram novamente uma intrigante ligação entre o cérebro e o intestino e o fato de que a disfunção intestinal influencia traços do ASD. A genética não explica o autismo epidêmico

Na maioria das crianças, os sintomas de ASD aparecem entre 2 e 3 anos, embora sintomas associados possam se desenvolver ainda mais cedo. No final dos anos 70, pesquisadores descobriram que gêmeos idênticos frequentemente compartilhavam o ASD, demonstrando que essa condição tem um componente genético.

Porém, a genética está longe de ser o principal fator de risco. Pesquisas da Stanford University School of Medicine publicadas em 2011, novamente focadas na questão dos gêmeos, descobriu que gêmeos fraternos (dizigóticos) são mais propensos a compartilhar um diagnóstico de autismo do que os gêmeos idênticos (monozigóticos).

Artigo científico recente (out/2020) relaciona TEA e microbioma intestinal: a produção de metabólitos e neurotransmissores intestinais estimulam o sistema imunológico e influencia o sistema nervoso central (SNC) pela estimulação do nervo vago, como exemplo da via do eixo intestino-cérebro.

O sistema imunológico está, portanto, intimamente ligado ao efeito da microbiota na permeabilidade epitelial intestinal conectando o intestino e o cérebro por meio de vias neuroendócrinas e neuroimunes que, em última análise, modulam a gravidade do TEA.
Segundo os pesquisadores, as evidências que sugerem uma ligação entre o TEA e a microbiota intestinal, por meio do eixo intestino-cérebro, agora estão bem estabelecidas.

FONTE: Garcia-Gutierrez E, Narbad A, Rodríguez JM. Autism Spectrum Disorder Associated With Gut Microbiota at Immune, Metabolomic, and Neuroactive Level. Front Neurosci. 2020 Oct 8;14:578666. doi: 10.3389/fnins.2020.578666. PMID: 33117122; PMCID: PMC7578

Estudos atuais vêm mostrando um crescente número de crianças com transtorno do espectro autista

O crescente números de autismo despertou o interesse da ciência que passou a investigar as causas ambientais da doença, não julgando-a apenas como de causa idiopática. Vários estudos relatam a melhora dos sintomas do autismo com dietas especiais e suplementação de algumas vitaminas. Segundo as pesquisas realizadas com base em artigos científicos randomizados pela Dra Michele Marks, na área de neurociência e alterações genéticas focadas no transtorno do espectro autista, junto com outros pesquisadores,  também neurocientistas , crianças autistas possuem níveis significativamente mais elevados de anticorpos IgG para a gliadina, a proteína primária neurotóxica do trigo em comparação com o grupo controle saudável. Isso significa que estas crianças possuem maior reatividade imunológica ao glúten, levando ao aumento da permeabilidade intestinal que, por sua vez, está relacionada com diversas alterações inflamatórias.

De acordo com outro estudo realizado por pesquisadores da UC Davis MIND Institute, crianças autistas geralmente apresentam uma série de problemas  gastrointestinais de seis a oito vezes mais do que as crianças que se desenvolvem normalmente. Tais sintomas estão relacionados a problemas comportamentais, incluindo retraimento social, irritabilidade e comportamentos repetitivos.

Avaliação, diagnóstico e tratamento de disfunções gastrointestinais em indivíduos com transtornos do espectro autista (TEA)

 

Sintomas gastrointestinais (GI) e condições associadas são comuns em indivíduos com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). Em um estudo envolvendo 36 crianças portadoras de TEA, com uma dieta limitada ou livre, existe a ocorrência mais frequente na deficiência de aminoácidos essenciais, causada pela baixa ingestão de cálcio e vitamina D. Em consequência dessa má nutrição proteica, surgem algumas deficiências nutricionais, como distúrbios de sono e comprometimento do desenvolvimento ósseo. A dificuldade de comunicação de indivíduos portadores de TEA impedem o reconhecimento e diagnóstico de disfunções GI, assim, aos portadores de cuidados e pediatras recomenda-se uma avaliação nutricional minuciosa a fim de detectar problemas de comportamento do sistema gastrointestinal. Aos pacientes com TEA, portanto, torna-se benéfica a integração dos cuidados médicos e comportamentais.

Outras pesquisas vêm agregando muito na qualidade de vida de crianças com transtorno do espectro autistismo , como o uso da ocitocina.

A Dra Michele Marks , após revisão de pesquisas e artigos científicos publicados  recentemente, avaliou de forma muito positiva  a interação da ocitocina, o peptídeo hipotalâmico, que se relaciona nesse quadro, ja? que estudos demonstraram um aumento da sociabilidade em indivi?duos que possuem uma leve elevac?a?o desse hormo?nio. A bacte?ria probio?tica (Lactobacillus reutri) pode influenciar a atividade da hipo?fise posterior hipotala?mica e aumentar os ni?veis de ocitocina aumentando a possibilidade de influenciar comportamento, comprovando a influe?ncia da microbiota intestinal nesse processo.

Com o objetivo de dividir conhecimentos, com embasamentos em  pesquisas científicas recentes, a Dra Michele Marks, além de pesquisadora na ‘área de Fisiologia e Metabologia pela USP desde  2018 ,  é  Neurocientista Comportamental graduada pela PUC , atua em grupos de pesquisadores de Neurocientistas com foco no desenvolvimento do transtorno do espectro autista desde 2018, tem como foco suas pesquisas, cursos e palestras na área de saúde física e emocional, atende na área de terapia   Ortomolecular,  juntamente  com uma equipe de saúde Integrativa. Visando prevenção em saúde e longevidade. 

Texto escrito por:
Dra. Michele Marks
Clínica de Saúde
São Paulo / SP

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Algumas avaliações do profissional

Cesar Quirino Simões
19/07/2023
Profissional exemplar e com vasto conhecimento em sua área de atuação.
Jaqueline vieira teixeira
17/07/2020
Super indico, profissional muito atenciosa

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