A busca pelo melhor contorno estético das mamas sempre esteve presente nas diversas sociedades do mundo e nas mais variadas épocas. Considerada um órgão com função na amamentação dos mamíferos o tecido mamário faz parte do contorno corporal e mantém íntima relação com a sexualidade da espécie. Mamas bonitas, rígidas e com formato anatômico permitem uma boa harmonia corpo mente e são facilmente reconhecidas.
Essa afirmação pode ser comprovada na história da cirurgia plástica na qual encontramos registros de técnicas operatórias datadas de 625-690 d.C. Segundo os autores Letterman e Schurter a primeira descrição de Mamoplastia redutora foi feita nesse período pelo médico grego Paulos de Aegina.
De lá para cá muita coisa mudou, passando a cirurgia das mamas por um período de enorme avanço científico. Mas foi em meados do século XIX, com a descoberta da anestesia (Boston, 1842), que o grande salto se deu. Inúmeros cirurgiões em todo o mundo puderam contribuir com novas técnicas operatórias, desde autores inovadores, que reconstruíram as mamas usando lipo, mas até os grandes cirurgiões dos anos 1950 e 60.
Nessa época, operava-se basicamente mamas grandes (Hipertróficas) ou nos casos de câncer (cirurgias reparadoras). Realizava-se a retirada do tecido e da pele em excesso. Autores como Ariê, Strömbeck e Skoog foram considerados os mais importantes no conceito da mama ideal, além é claro do jovem médico Ivo Pitanguy com seu trabalho clássico sobre Mamoplastia redutora publicado nos anos 60.
Ainda nos anos 60, o mundo assistiu ao ressurgimento do movimento Feminista, com maior liberdade sexual, mudança do padrão estético e introdução de novos métodos anticoncepcionais. Estava criado o cenário perfeito para a Mama ideal. Artistas como Audrey Hepburn, Marilyn Monroe e Brigitte Bardot influenciavam o comportamento feminino dessa época. Buscava-se algo novo, um conceito novo, em que o poder e a liberdade da mulher se colocassem a mostra. E foi em 1962 que Gerow e Cronin, dois jovens cirurgiões plásticos do Texas fizeram um experimento que deu certo. Realizaram a primeira cirurgia de prótese de mama do mundo. A paciente, Timmie Jean Lindsey na época com 29 anos, aceitou ser submetida a esse procedimento e mantém até hoje o par de silicones recebidos.
Atualmente, a cirurgia plástica das mamas é a mais realizada em minha prática médica. Atuando tanto na cirurgia Estética como na Reparadora pós câncer, considero a mais versátil e artesanal de todas as cirurgias. Avaliamos a anatomia e a expectativa da paciente, alinhando sempre a possibilidade do resultado real. Não há mágica, há sim muito trabalho com responsabilidade e destreza, usando tudo o que aprendemos ao longo dos anos e das gerações anteriores.
