Rosácea

Rosácea
Rosácea

A rosácea é uma doença crônica, inflamatória e vascular onde existe uma predominância genética e fatores de origem ambiental que podem desencadear os surtos de vermelhidão ou “Flushing”, o que será abordado nesta matéria mais adiante.

As características clínicas de quem apresenta rosácea são: face avermelhada em alguns momentos do dia, principalmente quando exposta aos fatores considerados gatilhos, que são o estresse, o sol, extremos de temperatura quente ou fria, cafeína, alimentos quentes, pimenta, condimentos, bebidas alcoólicas principalmente o vinho tinto, banho quente, sauna, dentre outros.

Aspectos clínicos: Num primeiro momento apresenta-se como uma pele repleta de micro vasinhos chamados telangiectasias localizados na parte mais central do rosto.

Num segundo momento pode vir associada à acne, que apresenta pontos de pus e dor local.

Em 50% dos casos coexiste com a rosácea ocular onde a parte branca dos olhos, a esclera, apresenta vermelhidão. Outras doenças concomitantes são a dermatite seborreica ou caspa da face, a blefarite ou caspa dos cílios e a tendência ao hordéolo ou terçol onde também se faz adequada uma avaliação oftalmológica.

Se a rosácea não for tratada adequadamente pode evoluir com espessamento e crescimento da pele do nariz, bochechas, fronte e orelhas principalmente nos homens.

A causa da doença ainda é incerta, mas já foi relacionada a diversos agentes causais como predisposição individual e genética, principalmente na pele clara, em descendentes de europeus, associação com um ácaro chamado demodex folliculorum presente na pele, relação com algumas bactérias, inclusive o helicobacter pylori presente na mucosa estomacal e associação com doenças neurológicas como a doença de Parkinson, distúrbios gastrintestinais e também cardiovasculares.

O tratamento é realizado com cosméticos adequados para a limpeza, já que a pele de quem tem rosácea é sensível a agentes ácidos e abrasivos, uso de cremes para reduzir a vermelhidão, antibióticos e antiparasitários tópicos, antibióticos orais, uso diário de filtro solar diário, uso de isotretinoína oral e redução dos fatores desencadeantes.

Os lasers de ND yag e a luz intensa pulsada são muito eficientes na redução das telangiectasias e microvasinhos da face reduzindo consequentemente os surtos de vermelhidão e eritema. Por último, quando necessária, a abordagem química e cirúrgica para tratamento do rinofima.

Texto escrito por:
Annie Levy Benzecry Szerman
Dermatologia
Rio de Janeiro / RJ

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