Enquanto as autoridades sanitárias recomendam, e com razão, medidas de higiene e distanciamento social, podemos refletir como a nossa saúde de base se encontra e o que podemos fazer para melhorá-la.
Na pandemia ocasionada pelo H1N1 em 2009, ficou patente um "novo fator de risco". Indivíduos com IMC>30 (obesos) representaram 61% dos que faleceram daquela infecção. Isso pode, em parte, explicar a menor letalidade da atual epidemia na Coréia do Sul, onde a média da população é mais magra.
Em estudo em 2013, a cada aumento de 5% na taxa de inatividade física, resultou em maior taxa de hospitalização pelo vírus da Influenza (7%). Participantes acima de 50 anos em programa de exercícios físicos de 8 semanas reduziram em 35% o surgimento de gripe.
Quanto pior a dieta em vegetais e frutas, maior também a taxa de hospitalização por gripes. Idosos, que receberam dieta rica em vegetais e frutas por 16 semanas antes da vacinação, apresentaram melhor resposta na produção de anticorpos sugerindo que ingerir vegetais intensifica nossa resposta imune.
Em 2018, um terço das consultas médicas nos EUA deveu-se a condições relacionadas ao estresse. Em vários estudos, o estresse (particularmente o crônico) pode afetar nossos sistemas imunes. Já foi observada a associação entre o estresse psicossocial e taxas de gripe.
Pessoas que receberam aulas de meditação mindfulness durante 8 semanas antes da temporada da gripe, 33% tiveram menos infecções e 66% menor índice de absenteísmo.
Dessa forma, enquanto os sistemas de saúde tentam se adaptar a esta temida condição, podemos observar que na Coreia do Sul o impacto foi bem menor podendo estar associada a hábitos saudáveis daquela população.
Peso adequado, dieta saudável, exercícios físicos e controle do estresse podem ser nossos aliados.
Referência bibliográfica:
Americans Unfit to Fight a Pandemic- Epidemics of obesity, sedentary habits, and chronic stress leave nation with poor baseline health.
by Rami Bailony MD March 23, 2020
