Assimetria craniana é o nome médico para uma condição muito comum entre bebês, conhecida popularmente como “cabeça torta”. Na prática,trata-se de uma condição na qual a cabeça da criança apresenta um achatamento em um dos lados ou atrás da cabeça nos primeiros meses de vida.
Qualquer criança que apresente uma assimetria craniana deve passar por uma avaliação minuciosa com um neurocirurgião, a fim de diagnosticar se há, ou não, qualquer anormalidade na fusão das suturas cranianas, que podem trazer consequências graves, como o aumento da pressão intracraniana e assimetrias no rosto da criança.
Entenda mais sobre as assimetrias cranianas, suas causas, diagnóstico e tratamento a seguir.
As assimetrias cranianas se desenvolvem, na maioria dos casos, quando o bebê passa praticamente todo o tempo deitado sobre um determinado ponto da cabeça, sem muita mobilidade, o que pode levar ao seu “achatamento”. A taxa de ocorrência das deformidades cranianas diminui à medida que as crianças crescem, já que elas passam cada vez menos tempo deitadas, bem com o crânio se tornando mais grosso e rígido.
Craniossinostose consiste na fusão prematura e anormal do crânio durante a gestação, ou nos primeiros meses de vida, afetando uma das seis articulações presentes entre os ossos do crânio da criança, chamadas de linha de sutura.
A craniossinostose resulta em um formato anormal da cabeça devido ao crescimento ósseo irregular e caso ela não seja corrigida, pode trazer consequências graves, como o aumento da pressão intracraniana e assimetrias no rosto da criança. A melhor opção para tratar craniossinostose é a correção cirúrgica.
As deformidades posicionais do crânio devem ser diferenciadas das deformidades intrauterinas ou periparto, como é o caso da craniossinostose, já que as assimetrias provocadas devido ao posicionamento sobre determinado ponto da cabeça, geralmente, reduzem de forma espontânea com o passar do tempo.
Por essa razão, caso seja observado que o bebê apresenta uma assimetria craniana após a 8ª semana de vida, é de suma importância buscar a ajuda de um neurocirurgião. O neurocirurgião saberá avaliar a gravidade da assimetria encontrada, realizando o exame clínico do bebê para afastar a hipótese de uma craniossinostose, orientando sobre a melhor opção de tratamento.
Em casos de assimetria leve, o tratamento consiste no ajuste da posição do bebê ao dormir, enquanto em casos mais graves, o uso de um capacetinho, feito sob medida para o bebê, pode ser indicado para direcionar o crescimento da cabeça.
O tratamento com capacete é eficaz entre os 3 e os 18 meses de vida, porém, quanto menor for o bebê, melhores serão os resultados alcançados e menor será o tempo necessário para se obter uma correção satisfatória. É importante destacar que raramente se recorre à cirurgia para correção de assimetrias, porque o risco cirúrgico é grande.
Além das consequências estéticas, como “cabeça torta”, desalinhamento das orelhas, assimetrias na face, entre outros, crianças com assimetrias severas podem ter algumas alterações funcionais, relacionadas principalmente a má oclusão dentária e a articulação temporomandibular. Vale ressaltar ainda que a criança pode vir a ter problemas psicológicos decorrentes de “bullying” se a assimetria craniana for muito marcante.
Sempre que for identificada qualquer assimetria craniana, pais e responsáveis devem buscar a ajuda de um neurocirurgião, a fim de avaliar o paciente e propor exames complementares para o diagnóstico se necessário, dando início ao tratamento mais adequado o quanto antes. Entre em contato e agende uma consulta para que possamos esclarecer todas as suas dúvidas sobre as assimetrias cranianas.