A esclerodermia ou esclerose sistêmica vem do termo (skleros:duro e derma:pele). É uma doença rara, autoimune (quando produzimos anticorpos contra o nosso próprio organismo) grave e progressiva que compromete o tecido da pele, o sistema musculoesquelético podendo atingir os órgãos internos, como coração, rins, pulmões e trato gastrointestinal; levando ao endurecimento (fibrose) desses órgãos.
Tem uma incidência de 11,9 por milhão de habitantes, sendo mais prevalente no sexo feminino.
Afeta pessoas de todas as partes do mundo e sua causa não é conhecida. Existem dois tipos de esclerodermia: a forma sistêmica (esclerose sistêmica) e a forma localizada (esclerodermia localizada), que poupa os órgãos internos. O quadro clínico é o fenômeno de Raynaud (mãos mudam de cor principalmente no frio, associado com dor na ponta dos dedos, podendo até fazer úlceras); acometimento pulmonar (ex. falta de ar, tosse, fibrose pulmonar), renal (ex. aumento da pressão arterial), gastrointestinal (ex. refluxo, dificuldade para engolir alimentos e/ou líquidos, sensação de empachamento abdominal, obstipação) e cardíaco (ex. palpitações).
Até o momento, não há cura para a esclerose sistêmica, mas existem tratamentos disponíveis direcionados para cada sinal ou sintoma. A fisioterapia é muito importante para preservar a mobilidade das articulações acometidas até que haja melhora do quadro cutâneo.
É orientado que os pacientes usem luvas para aquecer as mãos, evitando que piore o fenômeno de Raynaud e as úlceras digitais. Há ainda situações específicas em que o paciente pode vir a se beneficiar do transplante de medula óssea, realizado em centros especializados e com indicação precisa.
DRA. LORENA BOSSONI MIOSSO MARCHIOTTI MÉDICA REUMATOLOGISTA CRM/PR: 32273 RQE:25822
