Você sabia que pessoas que dormem pouco, menos de 6 horas por noite, têm 27% mais chances de desenvolver aterosclerose do que aqueles que dormem cerca de sete a oito horas por noite? É o que aponta um estudo publicado em 2019, o qual analisou cerca de quatro mil homens e mulheres espanhóis, com idade média de 46 anos e que não tinham histórico de doenças cardíacas.
A pesquisa, publicada no Colégio Americano de Cardiologia, monitorou a rotina de 3.974 adultos espanhóis, todos com rotinas profissionais semelhantes. Durante o estudo, todos os participantes utilizaram um aparelho para monitoramento constante de atividades e movimentos, ao longo de sete dias.
Os participantes foram divididos em quatro grupos: os que dormiam menos de seis horas, os que dormiam de seis a sete horas, os que dormiam de sete a oito horas e os que dormiam mais de oito horas.
Depois de excluir os fatores de risco tradicionais para doenças cardíacas, os pesquisadores descobriram que os indivíduos que dormiam menos de seis horas eram 27% mais propensos a ter aterosclerose em todo o corpo do que aqueles que dormiam de sete a oito horas. Além disso, os participantes com sono de má qualidade eram 34% mais propensos a ter acúmulo de placa do que aqueles que dormiam bem.
Por fim, também é importante destacar que aqueles que apresentavam rotinas de sono mais curto, porém de boa qualidade, podem superar os efeitos prejudiciais dos que apresentam rotinas de sono de má qualidade.
Atualmente, a medicina vem entrando em uma nova era fascinante. Se no passado tentávamos entender particularidades das doenças cardiovasculares, de forma isolada, estudos como este nos ajudam a entender a saúde cardiovascular como um todo.
