Endometriose profunda: Tudo o que você precisa saber.

Endometriose profunda: Tudo o que você precisa saber.
Endometriose profunda: Tudo o que você precisa saber.

A endometriose profunda é considerada a forma mais grave da endometriose, que ocorre quando partes do endométrio deixam o interior da cavidade uterina e  se aderem à parede abdominal, provocando dor intensa e lesões graves. Além disso, a endometriose profunda pode desregular os ciclos menstruais, provocar dificuldades para urinar, sangramento anal no período menstrual, dispareunia, levar a infertilidade feminina e tornar-se crônica.

Não há consenso sobre as causas da doença, mas alguns estudos a associam ao fluxo menstrual intenso, assim como  ao uso do anticoncepcional e a alguns hábitos de vida, como, por exemplo, o consumo excessivo de álcool ou cafeína, que também podem agravar o quadro de endometriose. Em contrapartida, hábitos como praticar atividades físicas podem diminuir as chances de desenvolver a doença. 

Os principais sintomas da endometriose profunda são:

  • Infertilidade e dificuldade para engravidar;
  • Alterações intestinais ou urinárias durante o período menstrual;
  • Cólicas menstruais intensas;
  • Dor pré-menstrual;
  • Fadiga e exaustão crônicas;
  • Sangramento menstrual irregular;
  • Dor difusa na região pélvica e no ato sexual.

O diagnóstico é baseado na avaliação dos sintomas descritos acima, acompanhados da realização do exame físico e de exames de imagem, como os exames de ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética pélvica, por exemplo.

Após estabelecer o diagnóstico, o ginecologista dá início ao tratamento por duas vias: clínica ou cirúrgica. No tratamento clínico, podem ser utilizados métodos hormonais, como as pílulas de estrógeno e progesterona, o anel vaginal e os análogos de GnRH, sendo este último utilizado apenas por curto período de tempo, devido aos possíveis efeitos colaterais que pode provocar. O tratamento tem por objetivo amenizar a dor, bem como os outros sintomas da doença.

Quando o tratamento clínico não apresenta o efeito desejado, o tratamento cirúrgico realizado através da videolaparoscopia pode ser indicado. O objetivo é remover todas as lesões identificadas, devolvendo os órgãos pélvicos à sua anatomia normal.

Texto escrito por:
Dr. Carlos Freire
Ginecologia e obstetrícia
Maringá / PR

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Sobre o profissional

Possui graduação em Medicina pela Universidade São Francisco (2000). Atualmente é médico ginecologista e obstetra graduado pelo Hospital Guilherme Álvaro reconhecido pelo MEC e FEBRASGO (2002), com residência médica reconhecida e concursada em hospital com mais de 32 leitos, exclusivos, de patologias Obstétrica em GESTAÇÃO DE ALTO RISCO com RE 12.721, após obteve sua área de atuação em Endoscopia ginecológica do pelo Instituto Viscomi (2004), confirmado após prova institucional do CRM/FEBRASGO no número de registro RE 13.791.

Especializando em Laparoscopia Ginecologica título importantíssimo para cirurgias ginecológicas. Graduou-se Lato senso em Ginecologia minimamente invasiva pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês (2005) Atua Atualmente nos seguintes temas: Video-cirurgia, histeroscopia diagnóstica e cirúrgica, gestação de alto risco, endometriose e infertilidade. Por 2 anos ficou com preceptoria da pós graduação do Hospital Sírio Libanês em ginecologia minimamente invasiva onde após, concurso público prestado para atuar no Hospital universitário de Maringa UEM, foi aprovado e atuou por 5 anos, onde após este período, decidiu dedicar-se exclusivamente ao seu consultório privado.

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