No novo episódio do Guia Cast, recebemos a Dra. Mariana Kitayama, médica neurologista, para uma conversa esclarecedora sobre epilepsia, diagnóstico adequado, tratamento multidisciplinar e o impacto da doença na qualidade de vida. Com uma visão atualizada e acolhedora, a especialista trouxe informações essenciais para pacientes, familiares e profissionais interessados em compreender melhor essa condição neurológica tão prevalente.
A epilepsia é uma doença caracterizada por crises recorrentes causadas por descargas elétricas anormais no cérebro. Apesar de afetar milhões de pessoas no mundo, ainda existem mitos, preconceitos e falta de informação — o que leva ao atraso no diagnóstico e no início do tratamento.
Durante o episódio, a Dra. Mariana reforçou que a epilepsia não significa limitação absoluta, e que com acompanhamento especializado, a maioria dos pacientes pode levar uma vida normal, ativa e segura.
“Epilepsia tem tratamento. O segredo está em orientar corretamente, controlar as crises e oferecer suporte integral ao paciente e à família”, afirmou a neurologista.
As crises epilépticas variam em intensidade e manifestação. Alguns sinais incluem:
desmaio repentino com tremores
alteração de consciência
movimentos involuntários
confusão mental pós-crise
olhar fixo e ausência de resposta por alguns segundos
Em muitos casos, as crises são discretas — o que torna o diagnóstico ainda mais desafiador.
A especialista explicou que, além da avaliação clínica detalhada, exames como:
eletroencefalograma (EEG)
ressonância magnética
monitorização prolongada
ajudam a identificar o tipo de crise e direcionam o tratamento ideal.
A neurologia vem passando por avanços importantes. Hoje, existem diversas possibilidades terapêuticas para controlar crises de forma segura:
. medicamentos antiepilépticos
. ajustes de estilo de vida
. dieta cetogênica em casos selecionados
. cirurgia neurológica para epilepsia refratária
. estimuladores cerebrais
A escolha é feita após avaliação criteriosa.
“Não existe um único tratamento para todos. Cada cérebro reage de forma diferente. Personalizar é fundamental.”
Além das crises, pacientes enfrentam impacto emocional, limitações sociais e insegurança. Dra. Mariana enfatizou a importância de:
acolhimento familiar
informação
acompanhamento psicológico
atividade física moderada
monitoramento contínuo
Com suporte adequado, grande parte dos pacientes dirige, trabalha, estuda e pratica esportes normalmente.
A avaliação especializada é indicada quando há:
crises recorrentes ou desmaios
confusão após episódios neurológicos
sintomas motores ou sensoriais repetitivos
histórico familiar
Quanto antes o diagnóstico ocorre, melhor o prognóstico.
Durante o episódio, a neurologista corrigiu crenças comuns:
x Epilepsia é incapacitante
. Na maioria dos casos, as crises são controláveis
x É preciso segurar a língua do paciente
. Isso é perigoso e pode causar lesões
x Todo desmaio é epilepsia
. Existem inúmeras causas sistêmicas
Combater o preconceito é parte do tratamento.
A neurologista orientou que os primeiros socorros incluem:
proteger a cabeça do paciente
afrouxar roupas apertadas
colocar de lado após a crise (posição lateral de segurança)
jamais colocar objetos ou dedos na boca
observar o tempo da crise
Crises prolongadas merecem atendimento imediato.
Um dos pontos mais fortes da entrevista foi a mensagem: é possível viver bem com epilepsia.
Quando o tratamento é contínuo, há:
? redução de crises
? menos internações
? melhora cognitiva
? independência funcional
? mais autoconfiança
A vida profissional, afetiva e social pode (e deve) continuar.
A epilepsia não define o paciente. Com diagnóstico precoce, tratamento personalizado e acompanhamento especializado, é possível reduzir crises, prevenir complicações e preservar a autoestima.
Se você convive com sintomas sugestivos ou conhece alguém nessa situação, procurar um neurologista é o primeiro passo para uma vida com mais segurança e tranquilidade.
Assita agora a participação da Dra. Mariana Kitayama no Guia Cast