Uso de colchicina em pacientes com doença coronariana crônica
Apesar da demonstração da eficiência da colchicina nas sindromes coronarias agudas, a utilização dessa droga na doença coronariana crônica carecia de estudos. Contudo, um estudo recente utilizou 0,5mg dessa substância comparada ao placebo em 5522 pacientes.
Os investigadores acompanharam esses pacientes durante 25 meses, observando a ocorrência de morte cardiovascular, infarto, AVC ou revascularização miocardica nesse periodo.
Um evento final primário ocorreu em 187 pacientes (6,8%) no grupo de colchicina e em 264 pacientes (9,6%) no grupo de placebo (incidência, 2,5 vs. 3,6 eventos por 100 pessoas-ano; razão de risco, 0,69; 95 % intervalo de confiança [CI], 0,57 a 0,83; P <0,001).
A incidência de morte por causas não cardiovasculares foi maior no grupo colchicina do que no grupo placebo (incidência, 0,7 vs. 0,5 eventos por 100 pessoas-ano; razão de risco, 1,51; IC 95%, 0,99 a 2,31).
CONCLUSÕES: Neste estudo randomizado envolvendo pacientes com doença coronariana crônica, o risco de eventos cardiovasculares foi significativamente menor entre aqueles que receberam 0,5 mg de colchicina uma vez ao dia do que entre aqueles que receberam placebo.
Bibliografia:
New England Journal of Medicine 2020 August 31
Sou o caçula de uma família de médicos. Desde adolescente já estava acostumado aos jargões e desejava ardentemente ser um deles. Assim me formei em Medicina em 1986 pela UniRio, onde viria me tornar professor poucos anos depois de um disputado concurso. Fiz Residência médica em 2 especialidades: Clínica Geral e Cardiologia, ambas no HSE. Trabalhei em CTI de hospitais públicos e privados, atendi em ambulatórios, Emergências e realizando exames complementares de Cardiologia. Atualmente trabalho como Professor de Clínica Médica da Uni Rio, Preceptor de Clínica Médica do HUCFF (Fundão) e atendo no consultório particular. Ao longo desta caminhada, aprendi que um bom atendimento se inicia numa boa relação médico-paciente. Para que isso aconteça, é necessário confiança mútua, atenção, acolhimento, e que não se façam julgamentos morais. Importante, além do conhecimento técnico, é a contextualização dos problemas dos pacientes, saber da vida, do trabalho, dos transtornos psicológicos, do histórico patológico, da genética da alimentação, dos hábitos de vida entre tantos outros fatores. Dessa forma, minha consulta é demorada e não trabalho com planos de saúde. Faço consultas domiciliares e hospitalares dando um atendimento completo. Procuro estar sempre atualizado com a modernidade sem perder de vista as coisas boas da medicina antiga e tradicional como o de se ter o médico de confiança. Artigos publicados: verificar em www.drmarcosbenchimol.com.br Dr. Marcos Benchimol na mídia: verificar em